No final do século XIX surgia o skate nos Estados Unidos, patenteado oficialmente em 1936, o esporte já enfrentou diversos preconceitos, mas assim como as dinâmicas social e urbana, das quais faz parte, perdurou para demonstrar que sua vivência vai muito além das visões conservadoras e trouxe uma nova forma de vivenciar a cidade ao experimentar movimentos do próprio corpo diante do desenho urbano ou arquitetônico.
Com o passar do tempo, o esporte evoluiu. Na década de 80 surgiu uma nova modalidade: o streetskate. Nela, elementos da cidade como corrimãos, escadas, guias, rampas, se tornaram um convite para manobras daqueles que optam por subverter usos e programas designados por arquitetos e urbanistas aos espaços. Isso levou a proibições do uso do skate, que resultaram em manifestações contra elas em diversos países, responsáveis por manter a prática viva na dinâmica urbana.
Atualmente, arquitetos já pensam espaços específicos para praticar o esporte - que se tornou olímpico - e que propiciam novas manobras. Mas, como nos lembra Leonardo Brandão, em seu texto "A Cidade e os Skatistas", nada substitui sua vivência onde ele surgiu: nas ruas.
As coibições à prática do skate na rua não cessaram. Sua continuidade, entretanto, parece ser a resposta de alguns jovens à crescente quantidade de pistas construídas para 'domesticá-los'. Mas uma pista de skate jamais irá reproduzir a vivacidade urbana e nem chegar perto do inusitado das ruas.
Hoje, dia 21 de junho, se celebra o Dia Mundial do Skate e, por isso, selecionamos diversos projetos em parques, praças ou mesmo indoor que arquitetos desenharam para pensar a prática do esporte. Veja todos, na galeria a seguir.